O Governo do Tocantins, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, realiza, entre os dias 14 e 18 de dezembro, uma visita técnica ao estado de Santa Catarina, com o objetivo de conhecer o sistema de rastreabilidade bovina desenvolvido pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), referência nacional na área.
O Tocantins avança na implantação da rastreabilidade bovina e dará início, a partir de 2026, à adoção do sistema de forma voluntária, seguindo as etapas previstas no Plano Estratégico Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos, coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
Segundo o diretor de Defesa, Sanidade e Inspeção Estadual da Adapec, Márcio Rezende, Santa Catarina implantou o Sistema de Identificação Individual e Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos (SRBOV-SC) há 17 anos, o que comprova a experiência e a eficiência do modelo.
“Trata-se de um sistema consolidado. Estamos absorvendo esse conhecimento para estruturar um modelo que traga mais segurança sanitária aos animais, mais qualidade aos produtos e maior proteção à saúde pública”, destacou o diretor.
A agenda técnica inclui reuniões com representantes da Cidasc e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), promovendo o intercâmbio de experiências e boas práticas.
No Tocantins, a rastreabilidade bovina vem sendo construída de forma participativa, debatendo com o setor produtivo. Em maio de 2025, o Estado lançou o Sistema de Identificação Individual e Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos do Tocantins (Sirbov/TO), alinhado às diretrizes do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (Pnib), que prevê a implantação de um sistema obrigatório em todo o país.
Além disso, o Governo do Tocantins firmou acordo de cooperação técnica com a organização internacionalThe Nature Conservancy(TNC), para a elaboração do plano de rastreabilidade do rebanho tocantinense, e implantou o novo Sistema Informatizado de Defesa Agropecuária do Tocantins (Sidato 2.0), que já contempla o controle de animais destinados ao abate, com diferentes níveis de certificação.
As ações têm como objetivo valorizar o rebanho do Tocantins, com cerca de 11,6 milhões de cabeças de gado, além de ampliar o acesso a mercados mais exigentes, que demandam garantias de origem, sanidade e sustentabilidade da carne produzida no estado.