
A Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) deu continuidade, nessa quinta-feira, 13, à sua participação na programação oficial da COP30. Pela manhã, a instituição integrou o painelVigilância em Saúde e Emergência Climática: um diálogo intersetorial, realizado no Pavilhão Pará, na sala Miritizeiro.
A universidade foi representada pela professora Sylla Figueiredo, do Câmpus Augustinópolis, que apresentou o projetoMarcadores epidemiológicos de frequência (prevalência) dos HTLV-1/2, seus subtipos moleculares e aspectos sociocomportamentais de risco para a infecção em populações humanas das regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil. A pesquisa investiga a circulação do vírus HTLV-1/2 em populações da Amazônia Legal, considerando fatores sociais, ambientais e comportamentais relacionados ao risco de transmissão.
Durante sua fala, a professora destacou a relação entre mudanças climáticas e o aumento de vulnerabilidades em saúde pública, reforçando a necessidade de políticas integradas voltadas ao monitoramento epidemiológico e à prevenção de doenças emergentes.
“Participar deste painel foi extremamente relevante para a Unitins. Tivemos a oportunidade de apresentar nossas pesquisas e dar visibilidade às comunidades quilombolas que integram o estudo, garantindo que suas realidades e necessidades também estejam representadas em um espaço global como a COP30. Essa participação reforça o compromisso da universidade com uma ciência que dialoga com o território e com os desafios socioambientais que vivenciamos”, ressaltou professora Sylla Figueiredo.
Saberes, resistência e direitos humanos na Amazônia profunda
No período da tarde, a Unitins participou do painelSaberes e Resistência: A Luta por Água Limpa e Territórios na Amazônia Profunda, na sala Seringueira, também no Pavilhão Pará. O professor doutor Raimundo Carvalho, do Câmpus Araguatins, representou a universidade apresentando o projetoNatureza, Direitos Humanos e Educação na América Latina: perspectivas indígenas e alternativas sistêmicas.
A pesquisa enfatiza a centralidade dos povos indígenas na defesa dos territórios e na conservação das águas e florestas, propondo uma abordagem que integra educação, direitos humanos e saberes tradicionais. Durante o painel, o professor abordou os desafios enfrentados pelas comunidades da Amazônia profunda e ressaltou a urgência de modelos de desenvolvimento que respeitem os modos de vida locais e fortaleçam estratégias comunitárias de proteção ambiental.
A participação da Unitins nos dois momentos reforça o compromisso da universidade em contribuir com debates científicos estratégicos para a Amazônia Legal, levando à COP30 pesquisas que dialogam com saúde, meio ambiente, direitos humanos e justiça climática. A presença docente nos painéis também destaca o papel das universidades públicas na construção de soluções sustentáveis e socialmente justas para os desafios climáticos contemporâneos.



